BOLETIM INFORMATIVO Nº.1

31-05-2010 17:55

Editorial

 Caros Amigos:

Pretende-se que este Boletim informativo, do Coro Polifónico de Cascais, seja um veículo para melhor relacionamento e comunicação entre a Direcção, recentemente eleita, e todos vós.

Mas não só.

Com uma coluna aberta a quem queira nele participar, que se chamará “ coluna aos sócios “, este boletim, trazer-vos-à artigos sobre os Compositores e Autores que interpretamos, histórias de lugares por onde todos os dias passamos e, provavelmente, onde há pormenores que nos passam despercebidos, e também, nele incluiremos, artigos escritos pelo nosso Maestro, sobre música e técnicas vocais.

Escrevo-vos este Editorial, um dia após a nossa exibição em Alenquer.

Digo-vos, que não só pela acústica do local onde actuamos, como também pela qualidade de interpretação que demonstramos, estamos de parabéns. Para mim e creio que para todos nós, o Concerto foi um sucesso.

No entanto, tenho a certeza que com o empenhamento e trabalho de todos, rapidamente, evoluiremos para patamares de qualidade que concerteza todos ambicionamos, e para os quais temos capacidade e qualidade para lá chegar.

Despeço-me com um até breve e …. Cantem muito !

                            José Quintela

Presidente

NOTÍCIAS DA DIRECÇÃO

 Foi decidido pela Direcção que o dia preferencial para recebimento de quotas é o primeiro Sábado de cada mês.

Aproveitamos também para informar, que já iniciámos contactos de apresentação da nova Direcção  com a Câmara Municipal, Junta de Freguesia e com o Pároco de Cascais, por quem já fomos recebidos. Solicitámos, via email, a marcação de uma reunião com a Provedora da Santa Casa da Misericórdia de Cascais, da qual aguardamos uma resposta para a referida apresentação. Não iremos ficar por aqui, outros contactos irão surgir e deles vos daremos conhecimento.

 

Foi interpretado novamente em 14 de Dezembro de 1793, durante uma missa pela esposa do Conde Franz Walsegg.

Mozart faleceu em 5 de Dezembro de 1791, em Viena, com apenas 35 anos, mas com  o número impressionante de mais de 600 obras por ele compostas.

Não houve monumento, nem lápide fúnebres e hoje não se sabe concretamente o lugar onde foi sepultado.

Mozart deixou-nos, mas, a sua música e o seu génio ficarão para sempre.

MÚSICA 1

DEPOIS DE ALGUMAS TENTATIVAS GORADAS DE TENTAR EXPLICAR QUE A MÚSICA ESCRITA, É MUITO MAIS FÁCIL DE ENTENDER DO QUE AQUILO QUE PARECE, VOU, ATRAVÉS DESTE NOSSO BOLETIM, TENTAR EXPLICAR O QUE PARACE INEXPLICÁVEL. DESDE JÁ, AS MINHAS DESCULPAS PELA MINHA DIFICULDADE NA ESCRITA.

 

1 -   O QUE É A MÚSICA

EXISTEM DEZENAS DE DEFINIÇÕES DESDE AS MAIS OBJECTIVAS ATÉ A COMPLETAS TESES FILOSÓFICAS. DE UM MODO GERAL, A MÚSICA É A ARTE DE COMBINAR SONS.

HOJE EM DIA, ASSIM COMO, QUALQUER LIXO SE CHAMA DE OBRA DE ARTE, TAMBÉM SE CHAMA MÚSICA A QUALQUER CONJUNTO DE SONS, RUIDOS, SILENCIOS, ETC.

ATÉ AO SÉCULO XX, SEMPRE QUE ALGUM COMPOSITOR TRAZIA ALGUMAS INOVAÇÕES, LOGO SURGIAM UM MONTE DE ENTENDIDOS E ESTUDIOSOS QUE GRITAVAM “ ISSO NÃO É MÚSICA”. POR ISSO, OS GRANDES COMPOSITORES, AQUELES QUE INOVAVAM NA SUA ALTURA, ERAM DURAMENTE CRITICADOS, ATACADOS E MESMO ESQUECIDOS.

 

2 -  DE QUE É FEITO A MÚSICA

A MÚSICA É FEITA DE SONS DEFINIDOS. SONS QUE SÃO VIBRAÇÕES QUE PODEM SER MEDIDAS.

TODAS AS MÚSICAS ESCRITAS ATÉ HOJE, FORAM FEITAS COM  12 SONS. PODE PARECER ESTRANHO, PORQUE SEMPRE APRENDEMOS QUE AS NOTAS MUSICAIS SÃO 7 – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI. MAS QUANDO SE OLHA, POR EXEMPLO, PARA UM PIANO, SE REPARARMOS BEM, ENTRE AS SETE NOTAS (TECLAS BRANCAS), EXISTEM OUTRAS CINCO NOTAS INTERMEDIAS (TECLAS PRETAS).

MODERNAMENTE, USA-SE UMA NOVA NOMENCLATURA, CHAMADA INTERNACIONAL, EM QUE SE USAM LETRAS EM VEZ DE NOMES:

   DÓ = C      RÉ = D      MI = E      FÁ = F      SOL = G      LÁ = A      SI = B

OU SEJA, AS LETRAS SÃO  A – B – C – D – E – F – G. A SEQUENCIA DE NOTAS É A MESMA, MAS EM VEZ DE COMEÇAR NO , COMEÇA NO LÁ.

 

3 -  QUALIDADES DOS SONS

ALTURA

OS DOZE SONS TÊM ALTURAS DIFERENTES. UM SOM É ALTO QUANDO É AGUDO E É BAIXO QUANDO É GRAVE.

A ALTURA DO SOM NÃO TEM NADA A VER COM A INTENSIDADE OU VOLUME DE SOM.  TEM A VER, SIM, COM A SUA POSIÇÃO NA PAUTA, QUE VEREMOS MAIS TARDE.

VOLUME

QUANDO A MÃE GRITA PARA O FILHO  “ BAIXA A MÚSICA”, ESTÁ A COMETER UM ERRO. O QUE A MÃE QUER DIZER É PARA DIMINUIR O VOLUME DA MÚSICA.

O SOM PODE SER FRACO OU FORTE, EM ESCRITA MUSICAL UTILIZA-SE NORMALMENTE O ITALIANO ONDE SE DIZ PIANO OU FORTE.

TIMBRE

UM TROMPETE É DIFERENTE DE UM VIOLINO. UM SOM COM A MESMA ALTURA E O MESMO VOLUME, MAS TOCADO POR ESTES DOIS INSTRUMENTOS, SOAM DE FORMA DIFERENTE. TÊM TIMBRE DIFERENTE, APESAR DE SEREM NOTAS IGUAIS.

CONTINUAREMOS NO PRÓXIMO BOLETIM.

ATÉ LÁ, MUITA MÚSICA.

O Convento dos Carmelitas Descalços

 ( Casas da  Gandarinha )

 Conta Borges Barruncho, nos seus apontamentos para a História da Villa  e Concelho de Cascaes, editado em 1873, o seguinte:

O edifício inicial, onde hoje se situa o Centro Cultural de Cascais, local onde normalmente ensaiamos, resultou de uma iniciativa privada, dos finais do Sec. XVI.

Era comum, nessa época, os Nobres investirem parte dos seus bens neste tipo de obras, com a intenção de obterem contrapartidas, não de teor económico como hoje de imediato se pensaria, mas do foro espiritual-que vida curta, efémera e atribulada é esta, e o Além, eterno, é que urge salvaguardar…

Propuseram pois, D. António de Castro, Conde de Monsanto, que era Senhor de Cascais; a sua mulher, D. Inês Pimentel, << filha do vice-rei da Índia, Martim Afonso de Sousa>>;e D. Ana Pimentel oferecer ao provincial dos Carmelitas, a fundação de um Convento. Seriam dele os padroeiros, ou seja, aqueles que mais beneficiariam das orações dos monges e lugar de honra ter íam nas cerimónias oficiais, em troca de oferecerem o terreno para a construção, com cujas despesas eles próprios também de muito bom grado arcariam.

Houve necessidade obviamente de obter licencia régia, de pronto concedida. E depois, a licença do Arcebispo de Lisboa, D. Miguel, foi também concedida, com elogios à senhora Condessa, por carta de 25 de Agosto de 1594. Logo de seguida, em 29 desse mesmo Mês, procedeu-se à entrega do local, tendo-se começado por erguer igreja e sacristia, em que solenemente, no 1º de Dezembro ( estávamos em domínio Espanhol, parece vaticínio… ), deu entrada o Santíssimo Sacramento.

 Lançou-se a 1ª pedra, com procissão, a 19 de Setembro ( depressa se faziam as coisas !... ).Aliás não houve apenas uma 1ª pedra, mas várias: Uma, com cruz nela gravada, a colocou o próprio Conde << no cunhal que fica para a parte Norte >>; mas outras colocaram noutros pontos-chave, a Condessa, os dois filhos e dois Capitães espanhóis, Nuno de Orejón, comandante da fortaleza de Cascais, e outro de nome Guadalaxara, do forte de Stª António..

Muita importância teve o convento e longo seria enumerarmos aqui os factos a que esteve ligado. Conta por exemplo, o prior de Cascais em 1758, que foi este o segundo que a Ordem dos Carmelitas Descalços fez em Portugal, o que prova a importância que, inclusive neste domínio, Cascais já então detinha. O Convento podia albergar até trinta e conco religiosos, que viviam, diz o prior, <<  das grandiosas esmolas da Vila e seus contornos >>.

Os religiosos formam para lá em 8 de Fevereiro de 1596, numa altura em que, da parte conventual propriamente dita, apenas estava feita << a parte do Nascente e Meio Dia >>.

Falecido o fundador, seu filho D. Álvaro Pires de Castro assumiu o encargo de prosseguir as obras: reservaria para elas, do seu património, quinhentos cruzados por Ano, até estarem concluídas, << com a condição de lhe diser cada dia uma missa pela alma do Conde, e se pusesse  na porta da igreja o escudo das suas armas >>. Mais ficou estipulado então: a capela-mor, serviria de jazigo de família e nela se enterrariam os Condes; no cruzeiro, ou seja, na parte da igreja entre a nave central e a capela-mor, coberta pela cúpula, << só pessoas ilustres >> se haveriam de sepultar.

 

( Continua )

Do Livro dos Segredos de Cascais de José D’ Encarnação

 

ATÉ AO PRÓXIMO NÚMERO

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